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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

mata de Paranapiacaba casa da amada


















foto de Felipe Gomes.




















A mata é um olho cheio de cílios lubrificando constantemente a visão da vida.
O rio e suas quedas quedam as minhas quedas e reerguido de tanto cair caminho pelas pedras
lavo lavo lavolavolavolavolavola vo la vo la vo la lá vou  la vou la vou a vo la avoa.
e vejo meu filho crescendo...
Pedra-firmeza, cuidado com o musgo! até na firmeza o bicho pega.
caminho com atenção e aproveito a queda d'água levando tristezas e mágoas. má-águas adeus.
Água flui lava. la vou eu

pausa...  viagem de volta... casa amada.

 Na noite depois de lavar cada canto da alma na cachoeira cai uma chuva torrencial que lava a casa e o mundo ao redor, neste instante meu coração passeia em Florânia e volta correndo, as gatas estão alucinadas caçando baratas. é aqui e agora meu lugar.

mato pedra água ar madeira vida correnteza firmeza. uma vela acesa substitui todas as usinas hidrelétricas do mundo.
 Belezas óbvias são fáceis de ver
quero ver outras belezas. sutis.
covinha do rosto coberta pelo beijo de quem se ama.

cova do rosto antigo, morto. o olho brilha com covinhas novas.

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