quarta-feira, 25 de agosto de 2010
inverno 2010
e eu que ando à procura de poesia notei que sou além de mim. sou Seu olho passeando em cada palavra. sou sua mão sedenta de carinho e cheia de raiva. sou uma coisa que a USP não explica e que fundamenta qualquer universidade. "tudo habita em tudo". sou uma beleza de silêncio que é horrível. um horror de pétalas de primavera que floresceu no jardim em pleno outono. sou um menino em busca de ternura numa onda de porrada. um sorriso na tempestade de lágrimas e canivetes. eu e minha mãe acabamos nos amando depois de 30 anos de saco cheio, depois percebi que sou tão ela quanto ela é eu e que não presto tanto quanto o amor mais profundo e que, no entanto, depois da vírgula tudo contínua até por cima do ponto sendo canivete, lágrima, porrada, saco cheio, ternura e procura.
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a difícil arte de viver.
ResponderExcluircaminhemos.
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