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sábado, 28 de agosto de 2010

fins

tô vazio numa linha tênue entre tristeza e algo que me lembra felicidade,
tem uma tristeza em mim que o choro alivia.
as flores do ipê despencaram.
o beija flor deu filhote e voou.
as gatas não me suportaram e sumiram.
o ar ta seco demais por aqui.
tem qualquer coisa em mim que chegou no limite
sei disso toda vez que uma poesia brota de mim.
quando escrevo é um esforço pra não me deprimir e morrer menos
hoje eu funciono comigo mesmo
o futuro sempre é grande
Deus tenta de novo comigo
e eu não sei errar direito, por isso erro pior
ciclos da vida nessa expiral infinita de encontros e desencontros.
toda flor é perene

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

critério do leandro Valquer

só tenha critério
pra depois não virar evangélico
experimenta ser careta
pra ve até onde se vai
inverte o jogo das jogadas "radicais"
anda de mão dada com sua mãe
paga promessa
leia sabrina da banca mais próxima
amplia o leque das escolhas
e me escolhe como eu sou
caio zanuto

inverno 2010

e eu que ando à procura de poesia notei que sou além de mim. sou Seu olho passeando em cada palavra. sou sua mão sedenta de carinho e cheia de raiva. sou uma coisa que a USP não explica e que fundamenta qualquer universidade. "tudo habita em tudo". sou uma beleza de silêncio que é horrível. um horror de pétalas de primavera que floresceu no jardim em pleno outono. sou um menino em busca de ternura numa onda de porrada. um sorriso na tempestade de lágrimas e canivetes. eu e minha mãe acabamos nos amando depois de 30 anos de saco cheio, depois percebi que sou tão ela quanto ela é eu e que não presto tanto quanto o amor mais profundo e que, no entanto, depois da vírgula tudo contínua até por cima do ponto sendo canivete, lágrima, porrada, saco cheio, ternura e procura.